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A proposta de reforma da igreja católica romana em Dois Papas.

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DOIS PAPAS

O filme Dois Papas não podia ter vindo em tempo mais oportuno. Filme baseado em fatos reais lançado em 2019 pela Netflix concorre a pelo menos quatro Globo de Ouro, descreve o processo de transição do papado de Bento XVI ao Papa Francisco, e as decisões econômicas e políticas que estavam por trás desse processo.

O filme em questão coberto de questionamentos à vida cristã e ao papel da igreja. Não há como não nos deixar intrigados! Se a proposta da reforma é essa descrita no filme, só posso dizer que pode ser revolucionária – no sentido esquerdista do termo.

Francisco não é apenas uma reforma as tradições básicas da pratica cristã cotidiana, dos dogmas eclesiais e seus ritos, ele é a reforma do lado político da igreja, e isso certamente pode trazer melhorias imediatas à população mais pobre do mundo.
E se ela chegar a isso, certamente viveremos um tempo de desvendar da ideologia capitalista através desses questionamentos.

Por agora, resta-nos pensar qual é a grandeza da Igreja para os bancos que ele propunha fazer a separação? E o que é a igreja de Roma? Senão a detentora de um terreno central de cada bairro e cidades do mundo e certamente a influência para a maioria da população mundial seguidora de Cristo.
Só isso, faz dele uma ameaça. E o que significa romper com o Banco para essa igreja? Além da corrupção própria do capitalismo. O que mais eles a impediam de fazer? A não ser, o combate a sua própria ideologia.

Teremos ao fim, a maior parte da população mundial sendo questionada no conservadorismo dos costumes e do sistema capitalista de acumulação. No Brasil 86% da população é cristã destes 64% católicos, sem falar em adeptos de outras religiões e/ou sem religião que podem se identificar com essas ideias. Arrisco-me a dizer que viveremos um momento de questionamento mundial da ideologia capitalista.
Se,  exposto o real concreto das relações capitalista, desprendido das amarras da alienação.

Caminhamos para um conflito entre EUA e Irã que pode se desenrolar para um conflito mundial. Que o posicionamento de Roma será em favor da paz todos sabemos, ela tem fieis em ambos os países. Mas, diante do contexto histórico de conflitos e da proposta da reforma. O que mais a igreja vai apresentar além do pedido de paz?

Sabemos que o confronto não é bom ao trabalhador, sabemos em “O capital”, que de tempos em tempos o capital precisa eliminar trabalhadores.
Sabemos quem luta as guerras!

 Aqui no Brasil, no passado os senhores mandavam os negros escravos lutar suas guerras, hoje o filho do burguês comprara por um valor em dinheiro sua liberdade de não participar do conflito, enquanto o filho do pobre, do trabalhador classe média, esse terá que morrer porque não tem o capital necessário para garantir sua vida e a sua liberdade.
Não que isso já não aconteça todos os dias quando nossos filhos estão morrendo por falta de políticas públicas, mas num conflito numa guerra, isso é mais explicito e é bom que esteja claro quem vai morrer nesse conflito.

Bem!

Certamente a posição do Papa será do lado dos Jesuítas seus amigos, a quem ele se penitenciou durante toda sua vida. Diante do que assisti no filme que carrega a ideia do conserto passado a Francisco, me arrisco a dizer que ele não errará duas vezes na sua decisão, já fora provado antes.

Os frutos de Bento XV ante 1920 foram reconhecidos, mas  os acordos de paz mundial desde Bento XV não tem surtido efeitos frente aos interesses capitalistas. E para isso é preciso que se entenda: só em um mundo sem classes é que não será preciso a força repressiva para se manter a paz, um processo de emancipação humana descrita em  A questão judaica.
Quando a posição da igreja for essa, aí sim estarão falando de paz, de igualdade e de justiça, enquanto isso, apenas mantêm os passos de Bento XV.

Desse modo, principalmente por tudo apresentado nesse filme e nas ações e posicionamentos do Papa Francisco. Se o resultado desses posicionamentos favorecerem as bases populares ao Invés das bases de acumulação capitalista, então haverá verdadeiramente a reforma!

Texto de
Cristiane Camargo
Secretária dos meios alternativos de comunicação popular no Brasil.
Eduardo F. Camargo
Militante nas comunicações populares no Brasil

Ruben Soarez
Diretor Internacional.








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